PRESERVAR É NOSSO DEVER

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MESTRE EM ENGENHARIA URBANA E AMBIENTAL NA ÁREA DE SANEAMENTO AMBIENTAL PELA UFPB, ESPECIALISTA EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL,QUÍMICA INDUSTRIAL E LICENCIADA EM QUÍMICA PROFESSORA DA SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DO ESTADO DA PARAÍBA DA DISCIPLINA QUÍMICA.

domingo, 22 de agosto de 2010

PLANTAÇÃO DE FAVA NA PB


O feijão-fava (Phaseolus lunatus L) também conhecido por feijão-de-lima, fava-de-lima, simplesmente fava, é uma das alternativas de renda e alimento para a população da região Nordeste do Brasil, que o consome sob a forma de grãos maduros ou verdes. É produzido por pequenos produtores que utilizam principalmente cultivares de crescimento indeterminado. O estado da Paraíba, onde o feijão fava é cultivado em quase todas as micro-regiões, destaca-se como um dos maiores produtores nacionais. Em algumas regiões tem se constatado níveis baixos de produtividade, devido principalmente à falta de um programa de pesquisas sobre nutrição mineral.
A grande maioria dos solos brasileiros é ácida de baixa fertilidade e elevada capacidade de retenção de fósforo o que leva à necessidade de aplicação de elevadas doses de fosfatos, contribuindo para o aumento nos custos de produção, e reduzir os recursos naturais não renováveis que originam esses insumos (Moura et al., 2001). Para se obter alta produtividade é necessário uma adubação fosfatada (Fageria, 1990), o que tem ocasionado a intensificação da busca de doses mais adequadas para as culturas e que possibilitem maiores retornos econômicos.
As quantidades de fósforo retiradas do solo pelas hortaliças são geralmente baixas, principalmente quando comparadas com o nitrogênio e o potássio. Entretanto, apesar dessa aparente baixa exigência, os teores desse nutriente na solução do solo, bem como a velocidade do seu restabelecimento na mesma, não são suficientes para atender às necessidades das culturas. Como conseqüência, nas adubações é o fósforo que entra em maiores proporções (Coutinho et al., 1993). Seu fornecimento em dose adequada favorece o desenvolvimento do sistema radicular aumentando a absorção de água e de nutrientes; aumenta o vigor das plantas oriundas de semeadura direta; favorece a floração e a frutificação e aumenta a qualidade e o rendimento dos produtos colhidos (Filgueira, 2000).
Em solos naturalmente bem supridos com fósforo, a sua adição não afeta a produção nem a qualidade das hortaliças (Fontes et al., 1997). Entretanto, para diferentes classes de teores desse nutriente no solo são obtidas curvas de respostas correspondentes (Raij, 1991). Os solos, porém, diferem quanto à imobilização de fosfatos, e as condições que favorecem os maiores índices do fenômeno são maiores teores de argila, maior ocorrência na argila de óxidos de ferro e alumínio e menores valores de pH (Raij, 1983). Em condições de solos com pequena CMAP (capacidade máxima de adsorção de P), como os arenosos, é preciso maior valor I (fator intensidade), ou seja, a concentração ótima para atender a demanda da planta; bem como para uma mesma quantidade de fósforo colocada no solo, devem ser encontrados valores I bem maiores nos solos arenosos (Novais e Smyth, 1999).
Muitos trabalhos brasileiros mostram respostas marcantes do fósforo na elevação do rendimento das hortaliças, em função da sua aplicação (Seno et al., 1994; Fontes et al., 1997; Vieira et al., 1998; Silva, et al., 2001b). Para o feijoeiro comum, este nutriente também tem proporcionado as maiores e mais freqüentes respostas e sua baixa disponibilidade no solo afeta negativamente o crescimento das plantas e sua produção (Pastorini et al., 2000). Contudo, embora o fósforo seja o nutriente que as hortaliças mais respondem (Filgueira, 2000), pouco se conhece, ainda, a respeito das quantidades a utilizar, que permitam a obtenção de rendimentos satisfatórios no feijão-fava. As poucas informações a respeito da sua nutrição, relatam que, embora retire muito potássio do solo (Vieira, 1992), nas regiões Sul e Sudeste, em solos com baixa fertilidade, deve-se aplicar fósforo no plantio, juntamente com matéria orgânica (Filgueira, 2000).
Não existem trabalhos visando recomendações de fósforo para a cultura do feijão-fava nas condições do estado da Paraíba, razão pela qual as sugestões de aplicação desse nutriente nessa hortaliça são formuladas adequando-se informações de outras regiões produtoras. Nesse sentido, o objetivo do presente trabalho foi verificar o comportamento do feijão-fava quando submetido a doses de P2O5.

FONTE: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102- 05362004000300008&lng=pt&nrm=iso

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