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MESTRE EM ENGENHARIA URBANA E AMBIENTAL NA ÁREA DE SANEAMENTO AMBIENTAL PELA UFPB, ESPECIALISTA EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL,QUÍMICA INDUSTRIAL E LICENCIADA EM QUÍMICA PROFESSORA DA SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DO ESTADO DA PARAÍBA DA DISCIPLINA QUÍMICA.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Degradação da mancha de petróleo é acelerada por novo micróbio

Pesquisadores americanos descobriram que a rápida degradação da mancha de petróleo no Golfo do México pode estar sendo causada por uma nova bactéria

O petróleo alterou a comunidade de micróbios significativamente estimulando a formação de bactérias responsáveis pela degradação do óleo
Por causa do vazamento de petróleo no Golfo do México, uma mancha de óleo foi formada no fundo do oceano entre 1000 e 1200 metros de profundidade e com uma extensão de 16 quilômetros a partir do local onde ocorreu o vazamento. Um estudo realizado pelo laboratório da Universidade de Berkley, EUA, descobriu que a atividade de micróbios, encabeçada por uma espécie nunca antes observada, realiza a degradação do petróleo muito mais rápido do que se esperava e sem reduzir o nível de oxigênio na água de maneira significativa. O estudo será publicado no periódico Science na quinta-feira (26).

O ecologista Terry Hazen, chefe da pesquisa, recolheu dados entre os dias 25 de maio e 2 de junho de 2010 e disse que os "resultados mostraram que o petróleo alterou a comunidade de micróbios significativamente estimulando a formação de bactérias responsáveis pela degradação do óleo". O crescimento da população dessas bactérias na alta profundidade do Golfo do México e a rápida taxa de degradação do petróleo — de 1 a 6 dias — pode ser um dos mecanismos principais por trás da diminuição da quantidade de óleo disperso.

De acordo com os pesquisadores, o petróleo vazado no Golfo do México representou uma introdução significativa de carbono ao ecossistema da região do vazamento. Hazen e sua equipe determinaram que o micróbio dominante na mancha de óleo é uma nova espécie, muito próxima dos membros da família dos Oceanospirillales, particularmente Pleispirea antarctica e Oceaniserpentilla haliotis. Contudo, Hazen acredita que outros fatores podem ter contribuído para a aceleração da degradação do petróleo.

Os pesquisadores americanos atribuem a degradação acelerada do petróleo em parte por causa da natureza do óleo na região do golfo, que contém grandes quantidades de um componente volátil que é mais fácil de ser degradado. O uso de dispersantes químicos também pode ter acelerado o processo por causa do tamanho reduzido assumido pelas partículas de petróleo. Além disso, a grande quantidade de vazamentos no Golfo do México pode ter feito com que a vida microbiana no fundo do oceano se adaptasse, acelerando a degradação dos hidrocarbonetos. O pesquisador explicou que mais estudos terão que ser realizados para que resultados conclusivos sobre a principal causa da aceleração sejam divulgados. Apesar disso, os pesquisadores já contam bom uma boa notícia.

Uma das maiores preocupações sobre a degradação de petróleo por meio de micróbios na mancha é que o processo natural poderia consumir grandes quantidades de oxigênio, criando as chamadas "zonas-mortas" na água, onde os organismos que precisam de oxigênio não consegue se estabelecer. No entanto, os pesquisadores da Universidade de Berkley descobriram que a concentração de oxigênio fora da mancha era de 67% — frente aos 59% dentro da mancha. A baixa concentração de ferro na água do mar pode ter impedido que a concentração de oxigênio diminuísse muito, uma vez que várias enzimas responsáveis pela degradação do petróleo possuem ferro como componente. "Como não existe muito ferro disponível para formar essas enzimas, a degradação do carbono é mais lenta e o consumo de oxigênio menor", concluiu Hazen.

Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/degradacao-da-mancha-de-petroleo-e-acelerada-por-novo-microbio

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